terça-feira, 31 de maio de 2016

31 DE MAIO: DIA MUNDIAL SEM TABACO


Estimam-se, para o Brasil, no ano de 2014, 11.280 casos novos de câncer bucal em homens e 4.010 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 11,54 casos novos a cada 100 mil homens e 3,92 a cada 100 mil mulheres. O fumo é o principal fator de risco indicador da doença.
Para isto, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde que coordena as ações de prevenção e controle do câncer e Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para controle do tabaco, promove dia 31 de maio o Dia Mundial sem Tabaco, para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

O Brasil tem a terceira maior incidência de câncer bucal do mundo, atrás da Índia e da antiga Tchecoslováquia, afirma o INCA. Mais de 4 mil brasileiros morrem em decorrência de câncer bucal por ano – e a doença continua pouco conhecida da população. Apenas em São Paulo, são registrados 3 mil novos casos anualmente, o maior índice do País.

De acordo com o INCA, o câncer bucal é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo. A última estimativa mundial apontou que ocorreriam cerca de 300 mil casos novos e 145 mil óbitos, para o ano de 2012, por câncer de boca e lábio. Desses, cerca de 80% ocorreram em países em desenvolvimento. As mais altas taxas de incidência foram observadas em populações da Melanésia, do Centro-Sul Asiático, da Europa Oriental, Central e Ocidental, da África e da América Central.  Segundo a OMS, 43% das mortes por câncer são causadas pelo consumo de tabaco ou álcool, por maus hábitos alimentares e de estilo de vida e infecções.

No Brasil, o câncer de boca em homens é o 4º mais frequente nas regiões Sudeste (15,48/ 100 mil) e Nordeste (7,16/ 100 mil). Na região Centro-Oeste, é o 5º (8,18/ 100 mil). Nas regiões Sul (15,21/ 100 mil) e Norte (3,21/ 100 mil), o sexto. Para as mulheres, é o 9º mais frequente nas regiões Sudeste (4,88/ 100 mil) e Nordeste (3,72/ 100 mil). Na região Norte (1,60/ 100 mil), ocupa a 11ª posição. Na região Centro-Oeste (3,30/ 100 mil), é o 12º mais frequente e, na região Sul (3,09/ 100 mil), o 15º.

Os principais fatores de risco para o câncer bucal são: fumo, ingestão de bebidas alcoólicas, infecções por HPV, principalmente pelo tipo 16, e exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). O tabagismo e o etilismo são as causas mais comuns, pois estudos mostram um risco muito maior de desenvolver câncer bucal em indivíduos que fumam e bebem pela combinação dos dois agentes. Pesquisas ressaltam ainda um aumento no risco de acordo com o tempo que a pessoa fuma, com o número de cigarros fumados por dia e com a frequência de ingestão de bebidas alcoólicas.
Tabagismo 
O INCA informa ainda que a última estimativa mundial apontou incidência de 1,82 milhão de casos novos de câncer de pulmão para o ano de 2012, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres. O  Brasil foi responsável por 22.424 mortes em 2011. A doença, que provoca grande número de mortes, mostra que a sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13 e 21% em países desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. A estimativa para novos casos é de 27.330, sendo 16.400 homens e 10.930 mulheres para 2014.
Prevenção
Além de evitar o fumo, existem outras possibilidades que podem ajudar na prevenção desse tipo de câncer, como a alimentação. Alguns estudos realizados em hospitais reportam que o aumento da ingestão de frutas e vegetais contribui para a diminuição do risco de desenvolver essa doença.
O Ministério da Saúde alerta que a melhor forma de diminuir a incidência dessa doença é controlar os fatores de risco que conhecidamente favorecem seu desenvolvimento. Para reduzir a mortalidade, é necessário que haja diagnóstico precoce feito por meio do exame clínico dos tecidos da boca, realizado obrigatoriamente por um profissional de saúde capacitado, com o qual será possível identificar tanto lesões potencialmente malignas quanto o câncer em estágios iniciais, possibilitando um tratamento menos agressivo e o aumento da sobrevida. O autoexame não deve ser preconizado como método preventivo com o risco de mascarar lesões e retardar o diagnóstico do tumor.


(Fonte: com informações da Comunicação Social do CFO, Ministério da Saúde e INCA)

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